quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz 2009


Como no último texto que escrevi disse que ia pôr algo apetitoso, e como não encontrei receita nenhuma capaz de satisfazer os desejos gulosos deste Natal, resolvi, ao ler por aí este texto, e naturalmente pedindo autorização ao seu proprietário, colocá-lo no aqui no blogue.

Entramos, de mansinho. O cheiro era de eucalipto misturado com flores silvestres… a luz entrava pelas frinchas das réguas de madeira que faziam de parede à cabana… estávamos de mão dada… senti o teu receio de ser um lugar inóspito. Mas disse-te que estavas comigo, para não te preocupares… voltaste-te para mim e deste-me um beijo… senti o calor e o macio dos teus lábios nos meus. Continuei de olhos fechados a percorrer os teus lábios… o beijo já cantarolava a húmido e com um sabor de lábios enamorados, nossos braços já se entrelaçavam nos nossos corpos, conseguíamos sentir o calor do desejo de possuirmos o corpo um do outro… começaste a desabotoar-me a camisa… tu, de t-shirt, foi mais fácil puxar a tua camisa e ver os teus seios, percorri todo o teu peito com os meus lábios e mãos, sentias as pontas dos meus dedos como pinças delicadas e excitar-te cada vez mais… depois da minha camisa entre aberta, percorreste com as tuas mãos o meu peito… até que chegaste à minha cintura e tiraste o cinto delas… senti o calor das tuas mãos a tocarem-me na pele… ficava a cada segundo mais excitado, deduzi que da mesma forma estavas… comecei por fim a beijar-te o pescoço, desci pelo teu peito… humedeci todo o teu ventre… de joelhos consegui beijar-te a flor a ao mesmo tempo acariciava as tua anca… baixaste-te… a tua boca veio de encontro à minha e beijamo-nos como dois apaixonados envoltos na bruma e nos reflexos de luz que conseguiam entrar pelas frinchas das paredes do local onde nos estávamos a possuir…

Já deitados sobre um chão de palha, deslizamos nossos corpos um no outro, roçávamos as pernas e sentia o calor do teu ventre, estava loucamente excitado… encaixamo-nos num movimento perfeito, oscilávamos as nossas cinturas como se de um só movimento se tratasse…


E sendo este o ultimo texto do ano, desejo a todos um Feliz Ano de 2009!!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Tourinhos


Li, no Açoriano Oriental, na sua edição de 9 de Dezembro de 2008, que na ilha Terceira ocorreram 268 tardes de Touradas no ano de crise de 2008. E que esta crise não teve efeitos visíveis na Tourada à Corda na Ilha Terceira, ao contrário do que aconteceu com outras tauromaquias europeias.

Nada mais, nada menos que 268 tardes de Touros. Se tivermos em conta que o ano de 2008 terá 366 dias, dos quais 104 dias são sábados e domingos e, exagerando, tivermos 3 feriados por mês – mais 36 dias sem fazer nada, dá-nos um total de 140 dias de profundo lazer. Ora, na Terceira houve mais uns “diazitos” de intenso ócio. Se estas Touradas fossem só realizadas nestes dias dá uma média de 1,91 Touradas por tarde. Ou seja, quase duas Touradas por tarde. Mas isso não acontece assim.

Fiz uma pesquisa rápida e vi que só no mês de Outubro de 2008 ocorreram 28 Touradas à Corda, entre o dia 1 e o dia 15. Uma média de 1,87 Touradas por dia. E se pegarmos nas 268 tardes de touradas e dividirmos por 12 meses dá 22,33 tardes/mês. Mas ainda podemos fazer o seguinte: 366-268=98… na ilha Terceira só não houve Tourada em 98 dias do ano de 2008.

Ah… e li também que “até a luta política em campanha eleitoral promove a Tourada à Corda.

Não julguem, por favor, que os meus próximos textos serão novamente para fazer contas… Garanto que não serão! – Acho até que vão ser bem apetitosos.

sábado, 6 de dezembro de 2008


O dia das montras aproxima-se, o célebre dia dos comerciantes de Ponta Delgada, antigo DIA DA MÃE. E com ele vamos conhecer a montra vencedora!

Um dia que a partir das 18:00 / 19:00 horas começa a ser um caos na nossa cidade. E com “negrumes” espalhados pelos seus “quatro cantos” (leia-se: obras viárias).

Negrumes que, embora necessários (nem todos), fazem do poder político, tanto o municipal, como o regional – diga-se: Governo dos Açores (tal como Carlos César resolveu intitular, esquecendo-se da palavrinha local, mas muito importante – Regional) um campo de batalha, na caça ao voto dos mais distraídos.

D. Berta faz aqui, faz acolá obras e inaugurações de circunstância. Faz destas, e vai continuar a fazer nos próximos anos, até 2012, um “flyer, ou até um pequeno “spot” publicitário, para o trampolim eleitoral.

Com todos os pensamentos virados para 2012, esqueceu-se, uma vez mais, do cidadão. Senão vejamos: não seria mais lógico inaugurar o Parque de Estacionamento Subterrâneo da Avenida com entrada gratuita a todos os visitantes, e naturalmente, aos passeantes do dito e já referido dia das montras? Não! Sua Exª preferiu dar acolhimento e oferecer o espaço, neste dia, aos comerciantes automóvel (a título gratuito), para exposição das suas mais recentes ofertas automobilísticas.

César, o Imperador Atlântico, vai notar que a sua inauguração das “Portas de Ave César” ficará, com excepção do “fogo colorido” e todas as outras “manigâncias”, aquém da de D. Berta. Berta, propositadamente, não tinha o seu parque pronto na data que ao Imperador interessava. Pois, faltou-lhe luz, espaço aberto, intercomunicação, envolvência – a zona parecia uma "manta de retalhos".

E mais, Berta não dará “comes e bebes” durante vários dias. Também se desse, saltavam-lhe em cima todos aqueles bares, do Avenida Center e das Portas do Mar. Para não falar no explorador dos quiosques do passeio da Avenida. Que deve andar aos berros por não os ter prontos a tempo e horas. Certamente culpa de D. Berta, porque os queria colocar em frente ao Avenida Center. Provocando o queixume, e com razão, dos bares do mesmo.

Bom, tudo se resolve, umas vezes com mais pompa, outras com mais circunstância. O certo é o “Zé Povinho” é que paga.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


Nos dias que correm não é fácil percebermos o valor do gosto; do prazer e do bem estar.

É claro que, com a situação actual, com a crise a demonstrar que estamos no início de alguns anos de preocupação e de contenção, temos que saber tirar partido do custo dos prazeres que a vida nos oferece, ou nos proporciona.

Faz hoje mais ou menos uma semana, encontrei um amigo na livraria com mais mística em Ponta Delgada, a livraria Artes & Letras, no renovado Solmar Avenida Center, e trocamos algumas opiniões sobre o custo de vida. E ele, a título de exemplo, tentou fazer-me ver que os livros estão fora do alcance da maioria dos bolsos do cidadão comum. Não procurei contrariá-lo, todavia, tentei fazer-lhe entender que o preço de um livro é mais barato e está ao alcance de qualquer bolso de uma família de recursos não muito elevados.

Ora vejamos se também consigo fazer valer a minha opinião:
Se o custo médio de um livro é de 25,00 a 30,00 euros e se levo 15 dias a lê-lo (15 dias a ler, sem ter outra situação de lazer) e se durante esses 15 dias tiro 2 horas diárias para satisfazer a minha necessidade de leitura, quer dizer que os 25/30 euros a dividir por 30 horas, demonstra que o livro me custou em média de 1,00 a 1,20 euros por dia.

Se este valor é um custo que está fora do alcance do bolso da família comum, como não está o custo de uma carteira de cigarros, ou até mesmo de uma sobremesa num qualquer restaurante razoável da nossa praça?

Para além disso, os cigarros, as sobremesas não nos enriquecem; não nos fazem viajar em sonhos; não nos cultivam; não nos deixa legado nenhum em bibliotecas particulares, para posterior consumo dos nossos herdeiros.

Este é o meu ponto de vista…