"eu sou um homem que se fez por si mesmo, mas acho que vou precisar de me fazer de novo. e dessa vez vou chamar alguém para me ajudar" Roland Young
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Crise de confiança...
Não se tem falado noutra coisa se não da crise financeira internacional, crise económica, crise do mercado, em tempos foi a crise do petróleo. E, eu acho, que andamos todos distraídos com todas essas crises. Pois, também na minha modesta opinião, existe uma muito maior, a crise de confiança, não na confiança dos tempos que possam vir ou não a ser difíceis, mas na crise de confiança dos políticos, desde a esquerda moderada à direita, passando pelo centro.
Quando vivemos num país em que o primeiro-ministro é badalado, com notícias de estar envolvido num esquema de “luvas” e favorecimento de terceiros, aquando do poder que exercia enquanto ministro do Ambiente, somos levados a pensar que não podemos confiar nem no Pai Natal.
Quando vivemos num país que o maior banco estatal favorece e sujeita-se a perder milhares de euros em favor de empresários, como Manuel Fino, Joe Berardo, entre outros, somos levados a pensar que não se pode nascer pobre nesse país. E o pior é que o ministro das finanças sabe.
Quando vivemos num país onde os barões do poder, os embaixadores da credibilidade, passam impunes e agarram-se aos títulos de impunidade adjacentes aos cargos que exercem, falo do Manuel Dias Loureiro, somos levados a pensar que não existe justiça e que essa não é cega.
Quando vivemos num país que só após o levantar da “lebre” por uma polícia britânica é que a procuradoria da república começa a exercer o seu poder e direitos de investigação, e que até então só tinha inquirido 3 ou 4 testemunhas, somos levados a crer e deduzir que nem nas nossas polícias podemos acreditar e sentir segurança.
Que raio de país estou eu a viver?
Vivo num país onde a taxa de desemprego aumenta, como uma “gaja” feia convencida de que é boa.
Vivo num país onde o clientelismo, os lobbies e os “clusters” só faltam sair à rua e chamar-nos, sem dó nem piedade, de cegos e masoquistas.
Vivo num país onde o virtual é topo de gama e o real é de terceiro mundo.
Vivo num país onde o governo se baseia numa fonte de estatística e a oposição noutra.
Vivo num país de governantes de merda revestidos a folha de ouro. Basta rasgar a folha e logo começa a cheirar mal. E as moscas gostam.
Vivo num país onde subsiste a dúvida da formação superior e da veracidade do diploma do primeiro-ministro.
Vivo num país onde toda agente vive impávida e serena com toda esta situação.
Desculpem-me a minha indignação, mas não aguento, não aguento viver num país destes, sem ao menos, repudiar, expressar o que vejo e o que sinto à minha volta.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário