sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Miséria


Li, no jornal “Público” que, num prédio da Braancamp, onde vive o boneco Pinóquio, leia-se PM (P de primeiro e M de mentiroso), houve valores de escrituras, de compra e venda, divergentes.

Diz também, o mesmo jornal, que dois anos antes da escritura do apartamento do Pinóquio, houve um emigrante comprador de um apartamento, pelo valor de 351 mil euros.

Somos todos “burrinhos” da mesma fábula do Pinóquio. Todavia, Gepeto, leia-se PR, (P de presidente e R de rodinhas), imbuído no valor da estabilidade e no amor à cabeça de madeira do PM – Pinóquio, nada faz, nada desfaz. Se fosse com o Lopes, esse, coitado, já tinha andado.

No entanto, como simples cidadão comum, ou então, como diz Nuno Lobo Antunes no seu livro “Sinto Muito”, um peão de nada, sou levado a pensar, deduzir e, se calhar concluir que, das três uma:
1ª - Por ser o Pinóquio, desenho animado muito querido das crianças, os promotores e construtores do referido prédio, fizeram um desconto ao mesmo na compra do apartamento;
2ª - Como bom português que é, Pinóquio, para não pagar um valor muito alto sobre a escritura, declarou, ele e o promotor, um valor substancialmente inferior ao que na realidade foi feita a compra;
3ª – Nos finais da década de 90, não acredite no que vou escrever, peço-lhe encarecidamente e que não tenha como base a mentira que aqui vai ser escrita, o valor/m2 dos apartamentos em Lisboa baixou.

Espero, de alguma forma, ter contribuído para que, não tenhamos dúvidas de que forma estes bonecos de cabeça de pau oco, vazios, fúteis, banais, sanguessugas nos andam a fazer.

“Se não houvesse fuga ao Fisco nem fraude fiscal, os contribuintes portugueses podiam pagar menos 38% de IRS”. As palavras e os cálculos são do ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

Teixeira dos Santos prometeu ainda que 2008 seria o ano da “tolerância zero”. Já sei por que motivo as investigações iniciaram-se, a sério, em 2009.

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