quarta-feira, 25 de março de 2009

Yes, we can!


Está na moda a frase “Yes, we can!”. E o mais caricato e assustador é a falta de originalidade dos políticos portugueses.

Já ouvi o Presidente Cavaco a pronunciá-la no seu inglês “fanhoso” e politicamente correcto. Já ouvi o Jerónimo de Sousa também a declamá-la, e, garanto, não foi por ironia. Pois, lembro que o autor desta frase é o Presidente do maior país capitalista do mundo. Já ouvi também o nosso “Primeiro-falhado” (chefe de um grupo de toscos) proferir tal frase. Mas sobre esse, homem cheio de plástica e verniz, não esperava outra coisa se não falta de originalidade, falta de carácter, falta de capacidade, mas sem falta de tempo, para por este país a encontrar o seu merecido rumo. Digo sim, sem falta de tempo, pois, o partido que sustenta o governo, em 12 anos, governou 10. E nesses 10 anos, não deixaram o país se não estagnado!

No entanto…

- pagar impostos injustos e desproporcionais aos salários – Yes, we can!;
- ficar numa lista interminável de espera para ser operado - Yes, we can!;
- ter políticos, como o nosso “Primeiro”, que sabem há “anos luz” da existência de “offshores” fraudulentas e só após o colapso é que mostram a sua indignação - Yes, we can!;
- ter um país com um governo que insiste num TGV e não tem dinheiro para pagá-lo - Yes, we can!;
- ter um bastonário da ordem dos advogados polémico, solidário e batalhador, mas ver que a classe política o quer deitar abaixo - Yes, we can!;
- ter um país com mais de 400 mil desempregados - Yes, we can!;
- ter um país com um governo dito de esquerda e este governar mais à direita que o mais exagerado governo de direita governou Portugal - Yes, we can!;
- ter um país onde só não recebe “luvas” quem não quer - Yes, we can!;
- ver empresas credoras do estado a falirem - Yes, we can!;
- ter um governo que ainda não implementou um plano credível de estímulo à economia - Yes, we can!;
- ter um país que daqui a 5 anos pode entrar em insolvência - Yes, we can!;
- viver num país onde lidamos com falsos médicos, falsos padres, falsos professores, políticos falsos, falsos engenheiros e engenheiros falsos - Yes, we can!;
- viver num país onde a “cabala”, as “campanhas negras” e as “forças ocultas” justificam a inoperância de um governo - Yes, we can!;

Afinal, somos nós, contribuintes, portugueses de alma, que sabemos declamar, pronunciar e até cantar: «YES, WE CAN!» sem grandes contestações e de sorriso “tolo” nos lábios.

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