"eu sou um homem que se fez por si mesmo, mas acho que vou precisar de me fazer de novo. e dessa vez vou chamar alguém para me ajudar" Roland Young
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Nos dias que correm não é fácil percebermos o valor do gosto; do prazer e do bem estar.
É claro que, com a situação actual, com a crise a demonstrar que estamos no início de alguns anos de preocupação e de contenção, temos que saber tirar partido do custo dos prazeres que a vida nos oferece, ou nos proporciona.
Faz hoje mais ou menos uma semana, encontrei um amigo na livraria com mais mística em Ponta Delgada, a livraria Artes & Letras, no renovado Solmar Avenida Center, e trocamos algumas opiniões sobre o custo de vida. E ele, a título de exemplo, tentou fazer-me ver que os livros estão fora do alcance da maioria dos bolsos do cidadão comum. Não procurei contrariá-lo, todavia, tentei fazer-lhe entender que o preço de um livro é mais barato e está ao alcance de qualquer bolso de uma família de recursos não muito elevados.
Ora vejamos se também consigo fazer valer a minha opinião:
Se o custo médio de um livro é de 25,00 a 30,00 euros e se levo 15 dias a lê-lo (15 dias a ler, sem ter outra situação de lazer) e se durante esses 15 dias tiro 2 horas diárias para satisfazer a minha necessidade de leitura, quer dizer que os 25/30 euros a dividir por 30 horas, demonstra que o livro me custou em média de 1,00 a 1,20 euros por dia.
Se este valor é um custo que está fora do alcance do bolso da família comum, como não está o custo de uma carteira de cigarros, ou até mesmo de uma sobremesa num qualquer restaurante razoável da nossa praça?
Para além disso, os cigarros, as sobremesas não nos enriquecem; não nos fazem viajar em sonhos; não nos cultivam; não nos deixa legado nenhum em bibliotecas particulares, para posterior consumo dos nossos herdeiros.
Este é o meu ponto de vista…
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2 comentários:
Muito bem argumentado e orçamentado.
Pouco dinheiro por muito prazer.
O suspeito Zé Carlos.
Se eu fosse dono de uma livraria, contratava-o de imediato para relações públicas. E tenho a convicção de que venderia livros até a quem não soubesse ler.
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